segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Obra começa em 8 de janeiro, diz ZH

Na reportagem intitulada "Obras da Copa avançam em 2012", publicada na Zero Hora de 31 de dezembro, o jornal informa que o início dos desvios de trânsito e da abertura do canteiro de obras para a construção da trincheira começam no dia 8 de janeiro.

Desde meados de dezembro a prefeitura vêm afirmando que as obras iniciarão na primeira quinzena de janeiro, mas esta é a primeira vez que o dia 8 aparece como data do início dos trabalhos.

Um grupo de moradores da região irá entrar na Justiça para tentar impedir o início da obra, porém o prazo apertado representa um desafio para a comunidade.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Mensagem de uma moradora à comunidade

Texto de Cristina Strubinsky, moradora da região

Saiu, no dia 28 de dezembro, no caderno ZH Bela Vista da Zero Hora, mais uma notícia acerca da Trincheira da Anita. O articulista reconhece que inexiste consenso, mas
quem são os moradores frente à Copa? É um evento que dura 15 dias, com
jogos aos domingos (há uma exceção, se não me engano), e dane-se a
Comunidade.

A prefeitura não atenta para o fato de que a obra nada resolve,
mas há empresas de construções envolvidas, que são as que contribuem
para as eleições. Logo, aqueles que pagam impostos, que são os que
financiam as obras (que resultam, num primeiro momento, de empréstimos
que têm juros e todos os demais encargos referentes), não têm voz. Só
têm de pagar seus impostos e deixar a prefeitura fazer o que quiser!

Está na hora de se manifestarem os que são contra a obra, pelos meios de
comunicação (mensagens postas no blog Trincheira da Anita, à Zero hora a
aos demais veículos de comunicação), que são contra a construção de uma
obra que nada resolve, que é feita só para utilizar dinheiro da Copa
(que são os empréstimos fornecidos a esse título, pela CEF) e que não
concordam no gasto de uma quantia tão grande para fazer a vontade da
prefeitura, mesmo que a obra tenha resultado inócuo, senão prejudicial aos
moradores da Correia Dautd, Alamedas e da própria Anita Garibaldi.

Assim, por favor, manifestem-se por escrito. Só desse modo é que a
prefeitura vai acreditar em vontade popular.

Obrigada.

Cristina S.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Obra começa em janeiro, diz Secopa

A prefeitura pretende começar as obras da trincheira da Anita em janeiro. Na semana que vem o cronograma será discutido com a Sultepa, empresa responsável pela construção. A informação é do blog Estamos em Obras, da RBS.

Segundo o blog, o responsável pela Secretaria Extraordinária da Copa, Urbano Schmitt, disse que não vai mais esperar para começar os trabalhos. O grupo de trabalho que representa a comunidade havia pedido o adiamento da audiência pública sobre a trincheira, anteriormente marcada para o dia 18 de dezembro, por ser uma data próxima às comemorações de fim de ano. A intenção era remarcar a audiência para março, mas a prefeitura se recusa a esperar.

Agora o grupo de trabalho pretende entrar com um processo judicial contra a falta de documentação técnica para a realização da trincheira. Além da falta da audiência pública, que é um pré-requisito legal para obras desse tipo, a prefeitura não apresentou estudo de impacto de vizinhança. A intenção do grupo é forçar a prefeitura a apresentar a documentação completa antes de começar os trabalhos.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Moradores pedem adiamento da audiência pública para março

Com receio de que a audiência pública marcada para dia 18/dez fique esvaziada por conta das comemorações do fim de ano, a Associação da Praça Japão (AMAPRAJA) protocolou na Câmara dos Vereadores um pedido para adiar a audiência para março.

Uma carta justificando o pedido foi enviada ao presidente da Câmara, Mauro Zacher (PDT). Um dos trechos da carta diz: "A reunião na data aprazada, frise-se, redundaria num parco comparecimento, porquanto efetivada num período de festas e feriados não propício à presença maciça dos moradores (...)".

Leia a mensagem na íntegra:

Senhor Vereador Mauro Zacher, Presidente da Câmara dos Vereadores de Porto Alegre-RS

Tendo em vista a divulgação do Blog Porto Imagem, que reproduziu notícia publicada no Diário Oficial de Porto Alegre de 4 de dezembro de 2012, através do qual os moradores da rua Anita Garibaldi foram cientificados que, no próximo dia 18 de dezembro de 2012, às 19h, haveria uma reunião promovida pela Câmara dos Vereadores com o objetivo de discutir a pretendida alteração (Túnel) na esquina dessa via com a avenida Carlos Gomes, a ser efetivada pela PMPA, mesmo em desconsideração com a vontade dos residentes no entorno, entende que devem ser postos os seguintes pontos:

1. o pedido desse encontro partiu da Comunidade e foi apresentado aos senhores Vereadores no dia 25 de junho pp, ocasião em que houve reunião realizada no Salão Paroquial da Igreja Mont'Serrat, amplamente divulgada pela mídia;

2. estranha, portanto, a Comunidade que, decorridos tantos meses, só agora é que foi aprazado esse encontro, uma semana antes do Natal e Ano Novo, quando as pessoas têm por hábito viajar para encontrar seus familiares e/ou passar os feriados de fim de ano na praia, e que

3. é notório que, nessa época, a cidade fica vazia, tal a quantidade de pessoas que dela se ausentam. Para essa constatação basta ver o fluxo de carros presentes nas ruas da cidade, que tem uma diminuição por demais significativa.

Sendo assim, postulamos aos senhores Vereadores da Capital, que sempre se mostraram solidários e acompanharam com grande interesse os anseios dos integrantes da Associação da Praça do Japão (AMAPRAJA), que aglutinam os moradores da rua Anita Garibaldi e adjacências, que se dignem a alterar a data do encontro para o mês de março 2013, quando poderão estar presentes todos os interessados e, desse modo, demonstrar seu posicionamento frente à 'obra de arte' que a PMPA pretende concretizar.

A reunião na data aprazada, frise-se, redundaria num parco comparecimento, porquanto efetivada num período de festas e feriados não propício à presença maçiça dos moradores, como se verificou em 25 de junho de 2012, por absoluta impropriedade no agendamento.

Em março próximo, as escolas já terão iniciadas suas atividades, o que determina a presença das famílias em Porto Alegre. De sorte que, com a devida comunicação e respeito aos prazos legais, haverá, como ocorreu em junho de 2012, comparecimento em número satisfatório, demonstrando, sem sombra de dúvida, o acerto da pretendida e acertada comunicação dos moradores com os componentes da Câmara dos Vereadores, órgão que sempre apoiou e amparou a vontade dos residentes nessa área da capital.

Porto Alegre, dia 11 de dezembro de 2012

AMAPRAJA

sábado, 8 de dezembro de 2012

Audiência Pública é marcada para o dia 18/dez

Saiu no Diário Oficial de Porto Alegre do dia 4 de dezembro a confirmação de haverá audiência pública para debater a trincheira da Anita no próximo dia 18/dez, às 19h. O local do evento é a Paróquia Nossa Senhora do Mont’Serrat (Rua Anita Garibaldi, 1121).

A audiência é uma reinvindicação antiga dos moradores e prevista por lei para obras desse porte. Até agora, o máximo que havia sido feito foi uma exposição pública do projeto pelas secretarias da Prefeitura - que não teve caráter consultivo.

É importante a presença massiva da comunidade para expor os problemas do projeto e endossar a voz contra a realização da trincheira.

Facebook: confirme presença no evento

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

GT tem nova reunião e prefeitura declara intenção de fazer a obra

Encontro ocorreu na tarde de terça-feira (31), sede da SMOV

A prefeitura não começará a obra da trincheira em novembro, mas também não desistirá dela. Esse foi o recado transmitido pelos representantes de cinco secretarias municipais aos representantes da comunidade, na nova reunião do grupo de trabalho misto entre comunidade e prefeitura que visa definir o futuro da obra da Anita.

A reunião ocorreu no dia 31/nov às 14h30, horário que impediu o comparecimento de alguns representantes dos moradores. O grupo ainda não está oficializado através de decreto ou portaria, e a reunião girou em torno da necessidade dessa oficialização. Mas a prefeitura já deu o seu recado: o GT não terá o poder de parar a obra, apenas de propor modificações. Na interpretação dos moradores (respaldada por técnicos, como por exemplo o engenheiro Mauri Panitz), não há como uma passagem de nível no local proposto ser benéfica, pois a configuração viária atual não é compatível.

Foi cobrado das secretarias envolvidas a apresentação dos pareceres técnicos necessários ao início da obra. Apesar de se dizerem totalmente transparentes, nenhum dos representantes da prefeitura se disponibilizou a enviar tais documentos por e-mail para os integrantes do GT, explicando que eles seriam entregues durante as próximas reuniões.

Questionados, os secretários disseram possuir estudo de trânsito e de impacto ambiental. Quanto ao estudo de impacto de vizinhança, houve dúvida. "Deve ter, acho que tem", disse um deles.

Estavam presentes na reunião, entre outros: o diretor de trânsito da EPTC, Carlos Pires; o secretário da SMOV, Adriano Borges Gularte; o coordenador-geral da Secretaria de Governança, Rodrigo Kandrik; o engenheiro da SPM, Breno Ribeiro; o engenheiro fiscal da obra, Ricardo Mesquita; e os representantes da comunidade: Osório Queiroz, Ana Piccoli, Nicolas Copsachilis, Lourdes Toss, Cristina Strubinksy, Cristina Tronco e Giordano Tronco.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Convite: manifestação no dia 31/out


Como muitos já devem saber, a prefeitura anunciará o começo das obras da Anita agora em Novembro. Fomos pegos de surpresa, pois havia a promessa da formação de um grupo de trabalho para discutir o futuro da trincheira. Menos de duas semanas após as eleições, a prefeitura patrolou nosso canal de diálogo.

O tempo para agirmos é curto. Por isso, convidamos todos para participarem de uma mobilização na próxima quarta-feira (31), a partir das 18h30min, no cruzamento da Anita Garibaldi com a C. Gomes. Na ação, seguraremos cartazes alertando sobre os malefícios do projeto à cidade e distribuiremos panfletos.

É importante trazer muita gente: a mobilização de rua constrange a prefeitura. Por isso, divulguem o evento, tragam amigos e compareçam no dia com muita vontade, alegria e confiança.

Mais informações no Facebook: http://www.facebook.com/events/290910954343345/

A manifestação será similar à ocorrida em julho e registrada neste vídeo:

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Trincheira e Copa do Mundo: qual a relação?

Muitos são os argumentos - a favor e contra - a execução do túnel na rua Anita Garibaldi sob a Av. Carlos Gomes. Um dos argumentos a favor é que a obra será importante para a realização da Copa de 2014 em Porto Alegre. A verba para a sua construção virá do PAC da Copa de 2014, um incentivo federal para obras importantes para a realização do evento.

Mas vamos pensar o seguinte: será que os torcedores aumentarão o volume de carros em Porto Alegre? O fluxo de visitantes à cidade em  veículos individuais não tem expressão que justifique os investimentos dessa natureza. A própria limitação dos lugares nos estádios dita esse raciocinio: as partidas de futebol a serem realizadas não terão nos estádios maior publico do que temos hoje nos jogos de interesse relevante.

A ação municipal no que se refere a esforços para o transporte publico e a frota de táxis é relevante, assim quanto à Estação rodoviária, relativamente. Já obras como a da Anita não são justificáveis pela Copa.

Sendo assim, é preciso considerar a utilidade da trincheira para além da Copa do Mundo.

Uma questão a ser analisada é a conveniência  do custo da sua execução. A Anita Garibaldi é via paralela à Av. Nilo Peçanha, onde já existe um viaduto, e à Av. Plinio Brasil Milano. Ambas as paralelas levam à zona norte da cidade. A Av. Plinio Brasil Milano , onde também está previsto a construção de um viaduto, oferece melhores condições técnicas de espaço e topografia, além da possibilidade de vias nos dois sentidos. O fluxo hoje na direção centro-bairro é  pequeno, pois a av. 24 de outubro possui uma única mão em direção ao centro da cidade.

Tanto a Nilo Peçanha quanto a Av. Plinio Brasil Milano tem funções de escoamento do fluxo de veiculos mais importantes que a Anita. Após a obra da Plínio - já confirmada para sair do papel -, o desvio do tráfego da Anita Garibaldi para as ruas Silva Jardim e suas paralelas em direção à Plinio Brasil Milano eliminaria a necessidade da trincheira, permitindo que a verba possa ser usada em uma obra viária necessária.

Em resumo: não há justificativas técnicas e econômicas para a trincheira.

É importante que a comitiva de técnicos do setor de Planejamento e Obras da prefeitura explique as razões, hoje duvidosas, da obra da Anita Garibaldi. É evidente que a transmissão de informações de Secretários em cargos políticos, para o convencimento, deve ser referendada por arquitetos e engenheiros do corpo técnico do Municipio.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Prefeitura anuncia início das obras e quebra promessa com moradores

Os moradores dos bairros no entorno da rua Anita Garibaldi ficaram surpresos com a notícia, dada pelo site do Ministério Público e repassada pelo blog PortoImagem, de que a trincheira da Anita está liberada e a data de início das obras será definida nos próximos quinze dias.

Há dois meses, a Prefeitura, através do secretário de governança local Cezar Busatto, comprometeu-se a constituir um grupo de trabalho misto para discutir com moradores soluções para o impasse da trincheira. O GT discutiria soluções por um período de no mínimo seis meses; até lá, a obra ficaria paralisada.

Além do GT não ter sido constituído oficialmente, a prefeitura nem ao menos comunicou seus membros sobre a decisão.
Reunião não contou com presença da sociedade civil. Foto: Juarez Sant’Anna

Em reunião ocorrida na Promotoria de Defesa do Meio Ambiente na última quinta-feira (18), foram anunciadas compesações ambientais para a obra: construção de calçadas verdes e jardins verticais nas paredes da trincheira. Nada disso apresenta soluções aos problemas de trânsito que a trincheira causará, como os que denunciamos aqui no blog.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ZH Bela Vista publica matéria sobre mobilização do dia 30

O caderno ZH Bela Vista do jornal Zero Hora trouxe hoje (5), na seção Você Repórter, o texto do morador da Anita Garibaldi, Giordano Tronco, sobre o evento do dia 30 de outubro na Praça Japão.





Na mesma página foi publicado o contraponto da Secretaria Extraordinária da Copa 2014, a Secopa:


Alguns pontos interessantes de se destacar desse contraponto:
  • A Secopa diz que a trincheira não aumentará o fluxo de veículos e qualificará o trânsito, mas não aponta pesquisas ou estudos que comprovem isso.
  • É citado no texto o alargamento da av. Corrêa Daudt, mas não da rua Anita Garibaldi, pois a trincheira inviabilizará o alargamento da Anita.
  • Interessante notar que a Secopa não contrapõe a informação de que a trincheira gerará um novo congestionamento na altura da av. Corrêa Daudt.
  • É a primeira vez que um orgão da prefeitura reconhece, na imprensa, a existência do grupo de trabalho para discutir o futuro da Anita Garibaldi. 

Você pode ver o que aconteceu no evento de domingo (30) no vídeo abaixo:





segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Novo vídeo!

Lançamos um novo vídeo do movimento, com imagens da ação realizada no último domingo (30), na Praça Japão.

O vídeo faz um apanhado de por que somos contra a trincheira. Ideal para mostrar para quem desconhece o problema. Compartilhe!


sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Participe da nossa exposição na Praça Japão!

O que você sabe sobre a futura obra no cruzamento da rua Anita Garibaldi com a av. Carlos Gomes?

- Que ela vai acelerar o trânsito num dos pontos mais congestionados da cidade?

- Que os seus críticos são amantes de árvores e se opõe ao progresso?

Gostaríamos de apresentar alguns fatos menos divulgados sobre a trincheira da Anita:

- Ela NÃO elimina o engarrafamento da Anita Garibaldi;
- Ela NÂO diminui o fluxo de carros na via, e sim o aumenta;
- Ela NÃO remove as sinaleiras do cruzamento;
- Ela NÃO possui nenhum estudo que comprove sua efetividade;

Por que, então, a trincheira é anunciada como a solução para o trânsito da região? Resposta: uma combinação de dinheiro da Copa do Mundo, pressão de construtoras e eleições municipais.

Neste domingo (30), convidamos os interessados em saber mais sobre a trincheira da Anita a participar da nossa exposição na Praça Japão, às 11h.

PROGRAMAÇÃO:

- apresentação do projeto da passagem de nível, conforme divulgado pela prefeitura;
- discussão dos impactos da obra no trânsito;
- esclarecimento de dúvidas;

Aqueles que já estão por dentro da discussão e querem informações atualizadas também estão convidados.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Caso da trincheira vai para Ministério Público Federal

Diferentemente do que foi divulgado em matéria de Zero Hora na semana passada (clique para ler), o Ministério Público Estadual não pretende marcar uma audiência com a comunidade e a Prefeitura, pois o caso da trincheira da Anita foi enviado ao Ministério Público Federal e não mais está nas mãos do MP Estadual.

O blog Anita Mais Verde enviou um questionamento à Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística, que se manifestou via e-mail da seguinte forma:

           Senhores:

     De ordem do Excelentíssimo Senhor Doutor Luciano de Faria Brasil, 1º
     Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da
     Ordem Urbanística, informa-se que, após a entrevista concedida, aportaram
     novos documentos aos autos do Inquérito Civil que apura a questão
     indagada, indicando que o caso possui interesse federal. Assim, por
     deliberação conjunta dos três Promotores de Justiça desta Promotoria, o
     caso está sendo remetido ao Ministério Público Federal.

           Atenciosamente,


     Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística,

     Telefone 3296-1618.


 O "interesse federal" mencionado na mensagem é a verba para a obra, que provém da Caixa Econômica Federal e é liberada pelo Governo Federal para obras de interesse da Copa do Mundo.

Ainda não há informações sobre se o MP Federal concordou em receber o caso. O blog as noticiará assim que forem divulgadas.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Por que a construção da trincheira é uma má ideia

elaborado em conjunto com o engenheiro Mauri Panitz

Esta postagem visa explicar por que nos colocamos contra a construção de uma trincheira na rua Anita Garibaldi. Esperamos que ela sirva também para esclarecer que o nosso objetivo final não é a preservação das árvores ou a substituição dos carros pelas bicicletas, como muita gente pensa. Há muita coisa errada no projeto da obra, não importa de qual ângulo se encare a questão: urbanístico, de mobilidade, ambiental, econômico, político.

Uma rápida explicação sobre o trânsito de Porto Alegre:

O sistema viário de Porto Alegre é composto de ruas radiais que convergem em direção ao Centro. Isso quer dizer que as grandes vias como a Av. Farrapos, a Av. Osvaldo Aranha, a Av. João Pessoa e a Av. Independência cortam a cidade formando um desenho radial, parecido com um leque:



A 3ª Perimetral foi criada com a intenção de desconcentrar o trânsito de Porto Alegre. Ela foi desenhada de forma a  interligar as vias radiais da Cidade e permitir acesso facilitado a bairros distantes.

Além de descentralizar e agilizar o trânsito, a 3ª Perimetral visa criar polos de desenvolvimento urbano nos cruzamentos entre a perimetral e as demais vias, gerando pequenos centros comerciais em cada bairro e deixando seus moradores independentes do Centro Histórico para ter acesso ao comércio.



A Rua Anita Garibaldi é uma via coletora - portanto, não é uma grande via radial de acesso ao Centro. Ela começa na rua Cel. Bordini e termina num beco, nos fundos do Country Club. Além disso, a Anita não tem a capacidade de escoamento necessária para aguentar um volume excessivo de tráfego, como vem recebendo ultimamente. Esta é uma das razões que explica o porquê da construção de uma passagem de nível não ser adequada nesta localidade.

A rua Anita Garibaldi é paralela a duas avenidas: a Plínio Brasil Milano e a Dr. Nilo Peçanha. Ambas possuem capacidade suficiente para intervenções como passagens de nível. A Nilo Peçanha já possui um viaduto; a Plínio em breve ganhará uma passagem de nível inferior, para cruzamento em níveis diversos. Com estas duas interconexões, a obra na Anita torna-se desnecessária: basta que haja vias que interconectem a Nilo e a Plínio.

Mas por que não uma obra também na Anita?

A trincheira, se construída na Rua Anita Garibaldi, irá transferir o engarrafamento já existente para a av. Eng. Alfredo Correa Daudt, duas quadras abaixo. Os veículos continuarão engarrafando, agora com a possibilidade de ficarem presos dentro de um túnel, o que é ainda mais desagradável. 


Por que ocorrerá o engarrafamento na av. Correa Daudt?

Segundo a EPTC, 38% dos carros que passam pelo cruzamento da Rua Anita Garibaldi com a 3ª Perimetral dobram à esquerda, em direção ao Aeroporto Salgado Filho. Com a trincheira, não haverá mais essa opção: os carros deverão usar a Correa Daudt, mais congestionada ainda, para converter ao aeroporto. O problema não será eliminado, apenas transferido para duas quadras abaixo.

O que implica a perda da conversão à esquerda na av. Carlos Gomes?

A Rua Anita Garibaldi é hoje a única via de acesso ao aeroporto para os bairros Bela Vista, Mont' Serrat, Moinhos de Vento e Boa Vista. Caso não se possa converter à esquerda, todo esse fluxo irá para a Rua Plínio Brasil Milano, que hoje já não permite a conversão à esquerda.

Junto com a obra, não haverá a duplicação de pista da Anita Garibaldi?

Não. A trincheira nada tem a ver com o projeto de duplicação de pista e de prolongamento da avenida. Pelo contrário: após construída, a trincheira deverá ser demolida para que se possa fazer a duplicação de pista, pois ela está fora do eixo da futura obra. Isso mesmo: poucos anos após ser construída, a trincheira será demolida para dar lugar a outra obra.  

O problema é apenas o trânsito?

Fora as complicações de ficar preso no subsolo durante o engarrafamento, a trincheira traz outros problemas: sondagens preliminares da construtora Sultepa revelaram que o solo do terreno é rochoso e não arenoso, como se pensava. Cavar um túnel num solo rochoso implica o uso de explosivos, algo perigoso em zonas residenciais. Tal constatação corrobora a tese de que não foram realizados os estudos prévios de impacto ambiental, de impacto no tráfego e geológicos, obrigatórios a qualquer projeto de obra pública.

E as árvores?

Dezenas de árvores serão retiradas durante o processo, mas grande parte delas está com a madeira podre. Apesar de lamentável, a perda das árvores não é o principal problema da obra, como a imprensa insiste em dizer.

Qual o custo da obra?

Inicialmente era de R$ 12 milhões, mas a evidência de solo rochoso fará esta cifra aumentar. A nova estimativa de valor ainda não foi divulgada pela prefeitura.

Se a obra não trará benefícios a Porto Alegre, por que fazê-la?

As prefeituras das cidades-sede da Copa do Mundo têm direito a verbas federais para a realização de obras de mobilidade urbana relacionadas à Copa. As prefeituras tem um prazo para apresentar os projetos que receberão a verba, senão correm o risco de perdê-la. O projeto da trincheira na Rua Anita Garibaldi é antigo e já estava pronto à época da requisição. Para ter acesso à verba, a prefeitura optou por fazer a trincheira ao invés de elaborar um novo projeto.

Ok, a obra pode até não sair, mas é preciso dar um jeito no trânsito da região. Qual a solução?

A futura passagem de nível na Av. Plínio Brasil Milano desafogará o trânsito na Rua Anita Garibaldi, pois os motoristas terão outra opção de caminho a seguir. Diferentemente do caso da Anita, as obras na Plínio afetarão somente um empreendimento comercial: o posto de gasolina Ipiranga.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Prefeitura e comunidade vão criar grupo misto para decidir sobre obra

A Prefeitura e a comunidade concordaram em criar um grupo misto de trabalho (GT) para decidir sobre o futuro da obra da trincheira. Ambas as partes indicarão representantes para debater, ao longo de um período de tempo ainda a ser definido, soluções para o tráfego da região.

As obras estão suspensas até o grupo chegar a um veredicto, que pode ser a suspensão da obra.

O funcionamento do GT será definido pelos próprios moradores dos bairros afetados através da redação de uma portaria a ser assinada pelo prefeito e publicada no Diário Oficial. Nessa portaria, deverá ser incluído o prazo mínimo de 1 ano de existência do GT antes da decisão final sobre a obra.

Composição
Apesar do documento oficial não ter sido redigido ainda, já foi acordado que o GT será composto de dez membros: cinco representantes das secretarias envolvidas com o projeto e cinco representantes da sociedade civil. A prefeitura ainda não apresentou seus indicados. A comunidade escolheu os seguintes nomes:
  • Osorio Queiroz, urbanista e presidente da Associação dos Moradores dos bairros Bela Vista, Boa Vista e Mont' Serrat (AMOBELA)
  • Gus Bozzetti, representante dos moradores e da comunidade do entorno da Anita Garibaldi
  • Nicolas Copsachilis, comerciante do bairro Mont' Serrat
  • Ana Piccoli, advogada
  • Anna Luísa Bolognesi, da Associação de Moradores e Amigos da Praça Japão (AMAPRAJA)

    segunda-feira, 16 de julho de 2012

    Caixa Econômica Federal diz aguardar documentação técnica para averiguar trincheira

    A Caixa Econômica Federal, responsável por aprovar o repasse financeiro para a construção da trincheira da Anita Garibaldi, não irá autorizar a obra até que a prefeitura entregue os documentos técnicos restantes.

    A resposta foi dada ao blog Anita Mais Verde por meio da assessoria de comunicação da Caixa.

    Perguntada se a obra já possuía "sinal verde", a empresa respondeu com a seguinte nota: "Em atenção ao questionamento, a Caixa Econômica Federal esclarece que aguarda finalização da entrega de documentação técnica pela Prefeitura, para o término das análises necessárias à execução das obras no Corredor da 3° Perimetral, em Porto Alegre (RS)."

    Como já foi explicitado aqui, a prefeitura não apresentou documentação sobre estudo de tráfego, impacto de vizinhança e impacto ambiental.

    sexta-feira, 6 de julho de 2012

    Leia o parecer técnico do engenheiro Mauri Panitz sobre a trincheira

    A pedido de representantes da sociedade civil insatisfeitos com o atual projeto da trincheira da rua Anita Garibaldi, O engenheiro Mauri Panitz, especialista em engenharia de tráfego, elaborou um documento onde analiza os problemas estruturais da obra.

    O parecer, enviado ao Ministério Público, será usado para embasar com informações técnicas as críticas dos moradores dos bairros afetados.


    Baixar documento

    o de questionar


    O nosso movimento tem um objetivo claro de questionar o projeto da Trincheira da Rua Anita Garibaldi, pois percebemos que não haverá melhoria alguma no trânsito com a construção de uma passagem de nível junto a Avenida Carlos Gomes. Na realidade vai ser transferido um forte ponto de engarrafamento que hoje é na esquina da Anita com a Carlos Gomes para algumas quadras pra frente, na esquina com a Corrêa Daudt , já que o alargamento da via vai ocorrer até a
    Sabemos que o trânsito em Porto Alegre está muito sobrecarregado e por isso achamos que devem ser implementadas obra que realmente poderão melhorar o fluxo de veículos.

    quinta-feira, 5 de julho de 2012

    EPTC e SMOV reúnem-se com moradores do bairro Auxiliadora

    Reunião ocorreu no gabinete da SMOV. Divulgação/PMPA

    A Secretaria Municipal de Obras Viárias (SMOV) e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) reuniram-se no dia 4/jun com moradores e comerciantes do bairro Auxiliadora para discutir as obras na III Perimetral. A reunião foi uma iniciativa da associação de moradores do bairro, a AMA.

    Segundo o presidente da AMA, João Corrêa, o encontro centrou-se na discussão sobre as intervenções na Plínio Brasil Milano e Cristóvão Colombo. A informação difere do que foi publicado em notícia no site da SMOV, segundo a qual a reunião serviu para esclarecer a população sobre a obra da Anita Garibaldi. "A Anita entrou no assunto, mas dentro do contexto da observação do que está acontecendo", diz Corrêa.

    Apesar de reconhecer que os projetos causarão transtornos para a comunidade, João Corrêa está otimista com a intervenção na Plínio Brasil Milano, onde, assim como na Anita Garibaldi, a prefeitura planeja construir uma trincheira. "São projetos dentro da mesma característica técnica, mas vão impactar de formas diferentes. na Cristovão, a solução vai ser muito mais interessante em termos de resultado de mobilidade urbana. Na Anita, realmente é um projeto muito mais complicado", conta.

    terça-feira, 3 de julho de 2012

    Procurador do Ministério Público tentará suspender o início das obras

    Uma comitiva formada por moradores dos bairros a serem afetados pela obra da trincheira reuniu-se na manhã de hoje (3) com o procurador do Ministério Público, Luciano Brasil. 


    Ao constatar a ausência de estudos essenciais para a execução do projeto, como os estudos de impacto ambiental e da vizinhança, Brasil prontificou-se a requerer o adiamento da obra, em reunião com a prefeitura, até que essas questões sejam devidamente esclarecidas. O MP também solicitará que a população seja consultada e que seja reavaliado se a trincheira é mesmo a melhor alternativa para desafogar o trânsito da Anita Garibaldi.

    A comitiva entregou ao MP uma prévia do laudo técnico realizado pelo engenheiro Mauri Panitz, especialista em engenharia de tráfego. O estudo traz observações técnicas sobre as falhas do atual projeto.

    terça-feira, 26 de junho de 2012

    25 de junho: reunião sobre a trincheira da Anita Garibaldi

    Por Tania Jamardo Faillace
    jornalista e escritora - RP1
    ativista social

    Com o salão comunitário da Igreja Mont’Serrat inteiramente lotado, relizou-se na noite do dia 25 do corrente mês uma reunião sobre a trincheira da rua Anita Garibaldi, por convocação das associações de moradores da área, que inclui vários bairros, bem na divisa entre as regiões 1 e 2 de Planejamento.
    A trincheira da Anita é um dos projetos atribuídos à Copa de 2014, embora a FIFA seja totalmente inocente nessa questão. Consiste num alargamento da rua Anita Garibaldi, uma das ruas mais arborizadas de Porto Alegre, e que ainda conta com moradores antigos e prédios tradicionais, apesar da violenta especulação imobiliária que estão sofrendo os bairros Bela Vista, Boa Vista e Mont Serrat.



    Essa trincheira, (valor de 11 milhões, que já foram acrescidos de mais alguns) segundo informado ainda ao final do ano pela Prefeitura, teria a finalidade de poupar UM semáforo na esquina da Anita Garibaldi com a III Perimetral (avenida Carlos Gomes), mediante um túnel-trincheira sob a avenida. Para isso, seriam feitas numerosas desapropriações que fatiariam os terrenos do lado norooeste da rua, mas poupariam os espigões modernos do outro lado, e derrubadas 60 árvores , além de transtornos à flora e fauna.da Praça Japão, e seu acesso pelos moradores.

    A desculpa para isso, seria a lentidão e saturação da avenida Carlos Gomes em termos de trânsito, aumentando o tempo de seu trajeto.

    Esse projeto, que não foi apresentado à CAUGE (conselho técnico municipal), nem ao Conselho Municipal do  Plano Diretor (CMDUA) foi descoberto através de uma matéria jornalística. Indo atrás de esclarecimentos, as entidades locais descobriram que já estava em fase de licitação, sem qualquer licenciamento ambiental, ou processo legal constituído.

    Participaram do encontro, duas técnicas da EPTC se revezaram para explicar os detalhes dos estudos, que foram baseados no Plano de Diretor de 1999, isto é, um PDDU defasado em 13 anos, e já revogado pelo Plano Diretor de 2009, que foi homologado em 2010. 

    Explicaram, voltaram a explicar, e não convenceram ao público que lotou o recinto. Principalmente porque eram desmentidas pelas fotos que projetaram, mostrando uma III Perimetral atravancada nas laterais por carros individuais, e completamente vazia no corredor de ônibus - apenas três linhas fazem o trajeto.

    Como o metro quadrado da região está muito valorizado, é fácil deduzir que as desapropriações farão tombar os preços dos terrenos remanescentes, facilitando a vida dos empreendedores.

    Na ocasião, foram mencionados outros túneis-trincheira e viadutos planejados, também concebidos de forma independente, sem vincular-se a uma visão estratégica da mobilidade urbana em Porto Alegre, e estudo aprofundado de origem e destino das viagens, apenas no número de carros particulares que trafegam naquela avenida e na Anita Garibaldi, e algumas outras ruas.

    A nós, a justificativa nos parece pífia.
    A questão do trânsito de Porto Alegre será resolvida em grande parte, quando for proibido o estacionamento em via pública. Hoje é coibido o embarque-desembarque principalmente dos passageiros de táxi (operação rápida), enquanto é permitido o estacionamento horário (ou de dia inteiro), não só nas áreas azuis, como em qualquer lugar, a qualquer hora, além de tolerado abusivamente o estacionamento em passeios sem qualquer repressão, multa ou guincho, uma vez que não há fiscais que façam isso.

    Essa restrição ao estacionamento, liberaria pistas de fluxo nas ruas, e reduziria a circulação, porque a maioria dos condutores não desejam pagar vagas em garagens ou estacionamentos comerciais, e usariam a frota pública (coletivos e transporte seletivo), deixando seus veículos em casa, ou reservando-os para fins de semana ou atividades extra horários de pico. 

    No caso da Carlos Gomes, evidencia-se que essa III Perimetral está mal planejada e seu uso mal manejado. Com corredores de ônibus deslocados para junto das calçadas, em fila indiana, o que seu pequeno número admite sem problemas, todas as demais pistas seriam liberadas para o trânsito comum, podendo, inclusive, terem uso diferenciado segundo o destino. Isso exigiria apenas bom senso da Engenharia de Trânsito, e nenhum gasto financeiro ou de investimentos.

    Este é o problema, aliás. Sem grandes investimentos (mesmo inúteis, ou principalmente, inúteis), como se arranjariam os lobistas e os intermediários?

    A reunião foi bastante tensa, havendo momentos de rechaço óbvio da totalidade das pessoas (ressalvando os representantes institucionais), e conduzida pelo diretor da Secretaria de Governança, Plínio Zalesky (por cortesia do presidente da AMOBELA, promotora do encontro junto com a Associação de Moradores e amigos da praça Japão, e moradores da área, que lhe cedeu essa posição como anfitrião).

    O Sr Plinio Zalesky mostrou uma truculência inaudita tanto ao dirigir-se ao grupo reunido, tentando conduzir e forçar seu comportamento e posições, como na forma grosseira como tentou impedir a fala do presidente da AMOBELA, inclusive com empurrão físico e arrebatamento de microfone, nada deixando a desejar aos tempos da ditadura militar.

    As técnicas da EPTC também se comportaram sem qualquer disciplina e/ou moderação, repetindo vezes sem conta seus estudos e análises, interrompendo os debates, falando sem inscrição, e atropelando os trabalhos.

    Estava evidente a rejeição unânime do projeto por parte da comunidade, e o poder público tentava evitar que isso se confirmasse numa resolução.

    Também alguns secretários presentes deixaram a desejar em relação à serenidade que deveriam mostrar e dar exemplo.

    Essa, aliás, vem sendo a tônica de boa parte das audiências públicas em Porto Alegre. O poder público manda, e a população deve acatar e fazer boa cara, e ainda agradecer por qualquer informação que recebam, como  se a cidade fosse um feudo particular, e os moradores, inquilinos tolerados sem direito a voto.

    Na dinâmica da reunião, falaram os representantes da Prefeitura (EPTC), depois foi lida por Luciana Zanini uma lista de 15 perguntas elaboradas pelo GT da Anita, que exigiam resposta institucional. Essa leitura foi tumultuada pelos representantes municipais, e não houve respostas convincentes, principalmente quanto a estudos estratégicos integrados, e análises de outras possibilidades técnicas. Também falaram o técnico em Engenharia de Trânsito, Eng. Paniz, que apontou as inconsistências da proposta; e o representante da Massa Crítica, esperançoso em relação às ciclovias, mas que não obteve grande apoio do público, uma vez que o tema em pauta era mais abrangente e interessava ao conjunto dos moradores de Porto Alegre.

    Intervieram na hora dos debates a presidente da associação dos moradores e amigos da praça Japão, Ana Luisa Barbosa; Marta Araújo Santos, moradora da Anita; um comerciante não proprietário, empregador de 50 pessoas que serão demitidas, e ele não tem condições de indenizar, ao qual foi respondido que a prefeitura nada tem com isso, indeniza apenas o proprietário do imóvel, não o comércio deslocado; e alguns convidados, como Eduíno de Mattos, da RP7, que contestou a prioridade da trincheira, apontando o cruzamento da Aparício Borges como muito mais problemático para a classe trabalhadora, que anda de ônibus; o eng. Henrique Wittler, que apontou vários problemas  na proposta da prefeitura, sugerindo alternativas mais fáceis, mais baratas e mais racionais para a solução daquele gargalo de trânsito; Tania Faillace, jornalista, que levantou a relação entre a especulação imobiliária e essa obra extemporânea, além de lembrar uma recente lei municipal que abre a possibilidade de substituir indenizações por bônus moradia, quando o motivo for a abertura ou alargamento de ruas, e a opção jurídica para garantir os direitos dos moradores; e Ibirá Lucas, suplente de conselheiro da RP1, que abordou a confluência de interesses dos dois Foruns que partilham a mesma área.

    O final da reunião foi ainda mais exaltado, com manifestações gerais, exacerbadas pelo comportamento inadequado de Plínio Zalesky. Foi elaborado um manifesto pelo GT, e afirmado que as ações contra o projeto prosseguem, inclusive as judiciais, e que não se pode aceitar o início das obras no dia 28, independentemente da aceitação, rejeição ou propostas alternativas por parte da população.

    Em resumo, a cada vez se confirma que a atual administração de Porto Alegre age de costas para a população, a fim de atender a interesses privados do setor especulativo fundiário/imobiliário.

    Ah, como detalhe muito interessante, o titular da Secretaria de Obras e Viação afirmou que a obra está dispensada de EIA-RIMA, isto é, estudo de impacto ambiental e análise de compensações, porque faz parte do PDDU de 1999. No que foi contestado por alguns vereadores presentes (Sofia Cavedon, Fernanda Melchionna, Carlos Todeschini - Alceu Brasinha não se manifestou todo o tempo, nem Adeli Sell) lembrando que o PDDU estabelece DIRETRIZES e não projetos, e o de 1999 não tem mais vigência.

    Registramos também a presença de Rosane Zottis, do gabinete do prefeito, a qual, porém, não se manifestou.

    segunda-feira, 25 de junho de 2012

    Convite


    Convidamos a todos os integrantes do GT ANITA e demais interessados para a Audiência Pública que será realizada no próximo dia 25 de junho, segunda-feira, na Igreja Mont Serrat, quando a Prefeitura de Porto Alegre apresentará o Projeto e o Relatório de Impacto Ambiental do Túnel da Rua Anita Garibaldi, conforme os dados que seguem:

    DATA: 25 de junho de 2012 - Segunda-Feira
    LOCAL: Igreja Mont Serrat - Rua Anita Garibaldi, 1121
    HORÁRIO: 19:00 h
    PAUTA: Apresentação do Projeto e do Relatório de Impacto Ambiental da Trincheira da Anita Garibaldi

    Contamos com a presença de todos!

    Osorio Queiroz Jr. 

    Presidente da AMOBELA
    Conselheiro da Região 2 de Planejamento/CMDUA/PDDUA

    sexta-feira, 15 de junho de 2012

    Sim, nós queremos uma cidade melhor. E você?


    Por querer uma Porto Alegre mais segura, com maior/melhor mobilidade, com comércio local e arborizada é que buscamos esclarecimento referente ao projeto da Trincheira da rua Anita Garibaldi.
    Se esta obra realmente vai mudar para melhor a vida das pessoas, ela deve ser amplamente divulgada.
    No dia 25/06 (segunda-feira), as 19h, na Igreja Mont Serrat (Rua Anita Garibaldi, 1121), a Prefeitura de Porto Alegre se comprometeu em apresentar para toda comunidade o projeto da Trincheira e esclarecer as dúvidas sobre esta obra.

    A vida de todos que moram, transitam, trabalham e passeiam pela Rua Anita Garibaldi e arredores será afetada, por isso é importante que você conheça o que será feito.
    Se o projeto da Trincheira se mantiver como está, mais de 100 famílias poderão perder seu sustento, as alamedas da Praça Japão poderão ser destruídas e o trânsito poderá ficar ainda pior – uma vez que as sinaleiras da Av. Carlos Gomes permanecerão onde estão e haverá uma sinaleira para pedestres na saída da Trincheira da Rua Anita Garibaldi.

    É importante que, todos nós que pagaremos pela obra, tenhamos conhecimento sobre o que ela irá trazer de benefícios a toda comunidade porto-alegrense.

    Dia 25/6, as 19h, na Igreja Mont Serrat estaremos esperando por você na reunião!

    terça-feira, 15 de maio de 2012

    Anita Mais Verde no Bibo Nunes Show


    Ontem, conseguimos por em pauta, no programa Bibo Nunes Show, o assunto da obra da Trincheira da Anita Garibaldi com a Carlos Gomes. Esteve presente o arquiteto Ibirá Lucas, Conselheiro no Planejamento Urbano e Ambiental – CMDUA/RP1, e colaborador deste blog LINK POST, que colocou seu descontentamento por o projeto ainda não ter sido levado para apreciação do Conselho do Plano Diretor da cidade de Porto Alegre. Foram abordados pontos polêmicos do projeto que ainda permanecem sem uma solução concreta.

    Com esta participação no programa, buscamos chamar a atenção do poder público para que se abra o diálogo com a Comunidade.

    O que se busca com todo este engajamento é, por meio de um diálogo aberto e transparente, contribuir para um planejamento urbano coordenado, acompanhando as tendências urbanas mundiais.

    O mundo luta para que suas cidades preservem suas áreas verdes, qualifique as áreas urbanas com espaço para o pedestre e invista em transporte público de qualidade em detrimento ao automóvel.  

    O que parece muito claro é que os principais problemas a serem resolvidos não os serão:

    1. A alegação de diminuir a quantidade de sinaleiras não será possível tendo em vista a necessidade de acesso aos corredores de ônibus, o qual continuará a ser realizado por meio de sinaleira.
    2. O engarrafamento da Anita Garibaldi não irá reduzir, mas sim se intensificar. Isto porque a grande parte dos veículos que hoje podem converter a esquerda na Carlos Gomes, com trincheira  não poderão mais. Isto quer dizer que todo este fluxo se concentrará em um estreitamento a poucos metros adiante na Correa Daudt.
    Assista o programa na Internet: 
     http://tvi.com.br/player-programa?idprograma=19&idvideo=1035





    sábado, 28 de abril de 2012

    Onde estão as respostas?


    A reunião do dia 17 de abril, deixou a desejar  pela falta da presença dos órgãos ligados diretamente a implatação da obra como: SECOPA, SMOV e SPM - apenas a SMAM e os vereadores da CUTHAB  compareceram.  Eles se responsabilizaram de levar ao Prefeito José Fortunati o desconforto e as insatisfações da comunidade.

    Neste encontro os moradores queriam, além de mostrar as inviabilidades do projeto, esclarecer dúvidas técnicas sobre a obra. A falta de transparência da PMPA em responder a comunidade que a elegeu, só aumenta os questionamentos sobre os reais interesses que a mesma tem na execução da Trincheira da Rua Anita Garibaldi.



    Estamos abertos a sugestões: O que é preciso para que a Prefeitura de Porto Alegre abra diálogo com a comunidade? 

    - Já fizemos  requerimento protocolado na PMPA  no dia 20/01/2012 com o  n° 001.004913.12.4, informando sobre o descontentamento da comunidade com a obra -  e até agora não fomos chamados;

    -Entramos com um inquérito no Ministério Público em fevereiro 2012 na Ordem Urbanística para buscar esclarecimentos - o processo está aguardando respostas ;

    - Informamos a imprensa sobre todos os movimentos que buscam esclarecimentos sobre a obra, porém não houve interesse dos meios de comunicação em repercutir os fatos ;

    O que mais precisamos fazer para sermos ouvidos?

    Buscamos esclarecimentos para as questões abaixo citadas e que foram encaminhadas para os respectivos órgãos da PMPA.

    QUESTIONAMENTO DA OBRA SOB PONTO DE VISTA TÉCNICO e ECONÔMICO

    SECOPA e SMOV

    1. Qual é a profundidade e a largura da trincheira prevista para a Rua Anita Garibaldi?

    2. Que obra será feita para compensar o trânsito proibido a esquerda na Av. Carlos Gomes?

    3. Qual é a classificação da malha viária no Plano Diretor da Rua Anita Garibaldi?

    4. Como está sendo classificada a Rua Anita Garibaldi, no seu trecho entre a Rua Bordini e a Av. Carlos Gomes, na proposta de Hierarquização da Malha Viária do Plano Diretor de Porto Alegre, tendo em vista a Estratégia de Mobilidade Urbana da cidade?

    5. Sob o ponto de vista técnico e econômico, por que foi feita a opção pela Rua Anita Garibaldi, ao invés da AV. Plinio Brasil Milano (onde a obra estava planejada)?

    SMAM

    1. No Projeto enviado para a SMAM, onde é solicitado o licenciamento ambiental, está previsto a licença para o desvio da obra? Este desvio trará modificações na região que é extremamente arborizada (alamedas).

    2. Como ficarão as alamedas com os desvios dos ônibus e (canteiros) de obra?

    3. Como será a alteração do Plano Diretor em relação a área  de ambiência cultural?

    4. A Prefeitura realizou estudo de impacto da poluição atmosférica e sonora da trincheira?

    5. Sob o ponto de vista técnico e econômico, por que foi feita a opção pela Rua Anita Garibaldi, ao invés da AV. Plinio Brasil Milano (onde a obra estava planejada)?

    EPTC

    1. Por que foi modificado o tempo da sinaleira da Rua Anita Garibaldi?

    2. Qual o trajeto que os ônibus e carros que convergem atualmente a esquerda na Av. Carlos Gomes farão durante a obra e depois?

    3. Que opção o pedestre terá para transitar com segurança?

    4. Sob o ponto de vista técnico e econômico, por que foi feita a opção pela Rua Anita Garibaldi, ao invés da AV. Plinio Brasil Milano (onde a obra estava planejada)?

    SPM

    1. Qual o conceito de cidade que vocês estão utilizando para fundamentar este empreendimento?

    2. Como será pago o encerramento de todos os negócios existentes na Rua Anita Garibaldi e das vidas envolvidas? Existe um planejamento para o encerramento das atividades comerciais e das pessoas e famílias que dependem destes empregos?

    3. Sob o ponto de vista técnico e econômico, por que foi feita a opção pela Rua Anita Garibaldi, ao invés da AV. Plinio Brasil Milano (onde a obra estava planejada)?

    CÂMARA

    Conforme o inciso III, do Art. 29 da Lei nº 434\99 - Lei do Plano Diretor (PDDUA), a Macrozona 3 é integrada pelos Corredores de Centralidade (dentre estes, o território entre a Rua Anita Garibaldi e a Av. Nilo Peçanha). A implantação da Trincheira da Anita, incentivando o fluxo centro-bairro, vai necessariamente alterar esta proposta, modificando o PDDUA. Pergunta-se: Essa alteração do Plano já foi apreciada e aprovada pela Câmara de Vereadores?  Se foi, qual a Lei Complementar que altera o Art. 29 da Lei nº 434\99?

    terça-feira, 10 de abril de 2012

    Vereadores da CUTHAB solidarizam-se com o movimento

    Hoje tivemos um ótimo encontro na Câmara de Vereadores, com os vereadores responsáveis pela CUTHAB - Comissão de Habitação. Encontramos aliados para o nosso movimento. 
    No próximo dia 17/04 eles visitarão o local da obra para verificarem em loco os aspectos prejudiciais e a inexistência de objetivo de melhoria do projeto da Trincheira. Você que é morador da Anita está convidado para este encontro com os vereadores e órgãos responsáveis. Será na próxima terça-feira, 11h na Anita Garibaldi, 1247 .Veja mais detalhes do encontro DE HOJE (10/04) na matéria abaixo. 


    Moradores do entorno da Radial Anita questionam benefícios das obras

    Por solicitação do Movimento de Comerciantes da rua Anita Garibaldi, a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) ouviu, hoje (10/4), moradores e comerciantes sobre o traçado da Radial Anita, projeto que prevê passagem subterrânea no encontro da rua Anita Garibaldi com a avenida Carlos Gomes. Também foram ouvidos representantes dos órgãos municipais envolvidos. Os moradores mostraram-se contrários à obra, que segundo eles não revolverá o problema do trânsito, apenas transferindo a área de congestionamento, principalmente porque os veículos que atualmente dobram à esquerda para entrar na avenida Carlos Gomes terão que fazer um longo percurso para o retorno. No final da reunião, o presidente da Cuthab, vereador Paulinho Rubem Berta (PPS), aceitou a sugestão do vereador Adeli Sell (PT) de ir até o local para onde estão previstas as obras e as desapropriações. A visita será na próxima terça-feira (17/4), às 11h.  Posteriormente, será marcada uma audiência com o prefeito José Fortunati.
    FunilO arquiteto urbanista Osório Queiroz Júnior, representante da Amobela, disse que os moradores não estão convencidos da necessidade da obra e que não vê na proposta consistência técnica. Observou que a passagem subterrânea só irá deslocar o congestionamento para duas quadras adiante, transformando-se em um funil viário. Salientou, ainda, que mais importante para a cidade é a construção do viaduto da Avenida Plínio Brasil Milano. Roberto Conti salientou os prejuízos que os comerciantes terão com a transferência dos seus pontos. Nicolas Copsachilis disse que o projeto é de muitas décadas atrás e que é necessário uma adaptação. Os moradores também lembraram que há, na região, uma grande quantidade de árvores, algumas centenárias, que serão sacrificadas ou ficarão comprometidas pelo trânsito que deverá se intensificar na região.

    ExecutivoGustavo Fontana, Assessor Parlamentar da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), disse que apenas hoje o órgão recebeu o relatório ambiental realizado pela consultoria responsável pelos estudos de impacto ambiental das obras da Copa, não sendo possível aprofundar a análise técnica. Leonardo Ribeiro César, representante da Secretaria Municipal do Planejamento, disse que estava na reunião para ouvir e transmitir ao secretário Ricardo Gothe, recém empossado na SPM, as preocupações e reivindicações dos moradores e comerciantes. Cláudia Barcelos, da Procuradoria-Geral do Município informou que 19 desapropriações, a maioria delas parcial, estão em andamento. Acrescentou que os proprietários estão recebendo um atendimento individual.
    VereadoresO vereador Elias Vidal (PPS) disse que é contrário ao túnel e justificou que, “com o ritmo de crescimento da frota de carros, nenhuma obra resolverá os problemas de trânsito”. O vereador Alceu Brasinha (PTB) salientou as dificuldades que os comerciantes têm de fixar um ponto e defendeu a construção imediata do viaduto da Plínio Brasil Milano com a Carlos Gomes. O vereador Adeli (PT) criticou a ausência da Smov e da EPTC no encontro.
    O vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), também presente à reunião, afirmou que as obras não podem ficar restritas aos interesses da Copa do Mundo e que as pessoas e o meio ambiente devem ser considerados sempre.
    Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)
    Cuhtab ouviu moradores e comerciantes da Rota Anita

    Cuthab

    Moradores do entorno da Radial Anita questionam benefícios das obras

    Por solicitação do Movimento de Comerciantes da rua Anita Garibaldi, a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) ouviu, hoje (10/4), moradores e comerciantes sobre o traçado da Radial Anita, projeto que prevê passagem subterrânea no encontro da rua Anita Garibaldi com a avenida Carlos Gomes. Também foram ouvidos representantes dos órgãos municipais envolvidos. Os moradores mostraram-se contrários à obra, que segundo eles não revolverá o problema do trânsito, apenas transferindo a área de congestionamento, principalmente porque os veículos que atualmente dobram à esquerda para entrar na avenida Carlos Gomes terão que fazer um longo percurso para o retorno. No final da reunião, o presidente da Cuthab, vereador Paulinho Rubem Berta (PPS), aceitou a sugestão do vereador Adeli Sell (PT) de ir até o local para onde estão previstas as obras e as desapropriações. A visita será na próxima terça-feira (17/4), às 11h.  Posteriormente, será marcada uma audiência com o prefeito José Fortunati.
    FunilO arquiteto urbanista Osório Queiroz Júnior, representante da Amobela, disse que os moradores não estão convencidos da necessidade da obra e que não vê na proposta consistência técnica. Observou que a passagem subterrânea só irá deslocar o congestionamento para duas quadras adiante, transformando-se em um funil viário. Salientou, ainda, que mais importante para a cidade é a construção do viaduto da Avenida Plínio Brasil Milano. Roberto Conti salientou os prejuízos que os comerciantes terão com a transferência dos seus pontos. Nicolas Copsachilis disse que o projeto é de muitas décadas atrás e que é necessário uma adaptação. Os moradores também lembraram que há, na região, uma grande quantidade de árvores, algumas centenárias, que serão sacrificadas ou ficarão comprometidas pelo trânsito que deverá se intensificar na região.
    ExecutivoGustavo Fontana, Assessor Parlamentar da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), disse que apenas hoje o órgão recebeu o relatório ambiental realizado pela consultoria responsável pelos estudos de impacto ambiental das obras da Copa, não sendo possível aprofundar a análise técnica. Leonardo Ribeiro César, representante da Secretaria Municipal do Planejamento, disse que estava na reunião para ouvir e transmitir ao secretário Ricardo Gothe, recém empossado na SPM, as preocupações e reivindicações dos moradores e comerciantes. Cláudia Barcelos, da Procuradoria-Geral do Município informou que 19 desapropriações, a maioria delas parcial, estão em andamento. Acrescentou que os proprietários estão recebendo um atendimento individual.
    VereadoresO vereador Elias Vidal (PPS) disse que é contrário ao túnel e justificou que, “com o ritmo de crescimento da frota de carros, nenhuma obra resolverá os problemas de trânsito”. O vereador Alceu Brasinha (PTB) salientou as dificuldades que os comerciantes têm de fixar um ponto e defendeu a construção imediata do viaduto da Plínio Brasil Milano com a Carlos Gomes. O vereador Adeli (PT) criticou a ausência da Smov e da EPTC no encontro.
    O vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), também presente à reunião, afirmou que as obras não podem ficar restritas aos interesses da Copa do Mundo e que as pessoas e o meio ambiente devem ser considerados sempre.
    Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)

    quinta-feira, 5 de abril de 2012

     
    "PRÊMIO NOBEL" DE ARQUITETURA FALA SOBRE CIDADES!         (Caderno EU – Valor, 30) Trechos da entrevista do arquiteto inglês Norman Foster, prêmio Pritzker, o Nobel da Arquitetura.
             1.  Projetos  urbanos devem ser holísticos e contemplar, como um todo, os sistemas de transporte e de infraestrutura, o abastecimento de energia, os espaços públicos, a densidade urbana e a inserção adequada dos edifícios nas cidades.
                2. Deve existir um planejamento a longo prazo, mesmo porque contratos de curto prazo com a iniciativa privada podem impedir essa visão mais ampla e integrada do processo de desenvolvimento urbano. 
                3. No Rio, áreas de favelas são predominantemente formadas por prédios baixos e ruas estreitas, com pouco acesso. Para melhorar a qualidade de vida nestes lugares, é preciso valorizar os pontos fortes das comunidades locais, enaltecendo, por exemplo, as escolas de samba e suas tradições carnavalescas. Até porque, projetos que não refletem a forma como as pessoas vivem não têm sucesso no longo prazo.
                 4. Desenvolvemos um estudo para a favela de Dharavi, em Mumbai, uma das maiores favelas do mundo. Nossa proposta foi melhorar o acesso, o saneamento básico e distribuição de energia. Com isso, conseguimos proporcionar novas linhas de transportes públicos e abrir vias maiores para os pedestres, criando mais parques e áreas para convivência pública.
                 5. Nossas propostas enfatizaram a importância da regeneração da comunidade de dentro para fora, em vez de simplesmente passar um rolo compressor sobre as favelas.
                  6. (Ex-Blog) Conceitos diametralmente opostos aos que aplica a atual prefeitura do Rio, que abandonou o Urbanismo a favor de Projetos desarticulados
     
    TJ-RJ: UMA VITÓRIA CONTRA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA NO LEBLON!        1. Este Ex-Blog, numa longa nota, contou toda a história do terreno frontal ao Largo da Memória, no Leblon, onde está o BPM, na Bartolomeu Mitre. Uma história que vem dos anos 20, uma favela reassentada, um quartel do exército e depois da PM. A absurda tentativa de uma empresa assumir o terreno, alegando falar em nome de herdeiros, foi impedida por uma decisão clara do TJ-RJ. O ex-prefeito havia garantido, a uma empresa imobiliária que havia se precipitado e adiantado a essa empresa dos "herdeiros-argh!!!", que o dinheiro estava perdido.
            2. (Globo, 04)  A Justiça fluminense bateu o martelo nesta terça-feira sobre o destino de um dos mais caros terrenos da cidade do Rio. Por três votos a zero, a 18ª Câmara Cível rejeitou a apelação contra a decisão de primeira instância que havia anulado o ato de cessão de área de 5,8 mil metros quadrados, avaliada em R$ 43 milhões (obs.: bem mais), à Construtora Guarany e aos herdeiros do bicheiro Manoel da Silva Abreu, o Zica. Para os desembargadores, houve desvio de finalidade no ato assinado no dia 29 de novembro de 2006 pelo governo do Estado (obs.: na transição entre governos), já que os beneficiados não conseguiram provar a propriedade do terreno. Sendo assim, a propriedade do terreno permanecerá com o governo estadual.

    3. (Globo, 04) Estado agora quer vender terreno da PM do Leblon. OBS.: a) Não pode sem lei, pois é ZE-7 área militar. b) Será conglomerar uma área preservada que organiza o bairro. Se conseguir será mais um "favor" à especulação imobiliária, que manda e desmanda no PMDB-RJ/RIO.

     
    Pesquisa e Edição: JCM do Ex-Blog do Cesar Maia , 04.04.2012.

    sábado, 24 de março de 2012

              Impressionante constatar o desprezo revelado pela PMPA em relação ao movimento feito pelos moradores da região da Anita Garibaldi, que estão inconformam com a construção de um 'túnel' na esquina com a Carlos Gomes. Esses moradores contestam as justificativas (?!) apresentadas para a obra, que terá passagem por baixo da Carlos Gomes e que possui o intuito de impedir os congestionamentos de trânsito na região. Para tanto, serão utilizados valores que estão sendo disponibilizados pela CEF para a 'Copa', na forma de empréstimo que, frise-se, será pago pelos moradores, através de seus impostos. O principal argumento para sua concretização é que terá o menor custo dentre as modificações propostas e, por ser a mais barata e a de menor complexidade entre as demais programadas, servirá de 'vitrine' para a 'boa' utilização desses valores.

               A Prefeitura Municipal de Porto Alegre  parece esquecer que deve representar os cidadãos, e, mais, que
    existe e subsiste através do que é arrecadado pelos munícipes, os quais a sustentam. Porém, esse aspecto, ao que tudo indica, não é importante para a administração local, que só leva em conta a COPA que está para acontecer. Assim, danem-se os moradores, que vivem e vão continuar morando nesse local mesmo após a finalização desse certame, tido como objetivo maior e primordial das alterações previstas.

             A esquina apontada sofre, segundo a PMPA, de congestionamentos que seriam debelados com o túnel proposto. No entanto, é muito claro quem tem interesse de conhecer o projeto, que essa obra parece desconhecer que (a) o congestionamento se inicia na esquina da Anita Garibaldi com a avenida Alfredo Corrêa Daudt. Cumpre informar que, após essa esquina, como se possível fosse imaginar tal situação, haverá tão somente, como hoje, duas mãos permitidas, estreitando sobremaneira o trânsito no local, e (b) que a obra em tela impediria a ida, que se constitui na permissão de poder dobrar à esquerda, de quem vem pela Anita, sentido
    centro-bairro, para o Aeroporto e demais bairros localizados no norte da cidade (Anchieta, Lindóia, Passo da Areia, etc.).

               Mas, essas razões práticas, que os moradores diariamente enfrentam, nada significam para o poder municipal, tão cioso de demonstrar seu direito de império, tomado como inabalável, mesmo que financeiramente
    sustentado pelas pessoas que moram  nessa região. Pois são esses os munícipes que irão pagar os empréstimos ofertados pela CEF por conta da Copa. Só que esse aspecto de nada vale se levarmos em conta que a PMPA terá posto sua marca numa obra que, mesmo sem sentido e nada resolver, ficará para atrapalhar o trânsito. A solução? Ah! essa ficará para a próxima gestão, que se iniciará com a obra inacabada!

    Só que os reflexos dessa obra serão maiores, a despeito da vontade da Comunidade, que gosta e frequenta as vias que circundam essa confluência, atraente com suas árvores que compõem outro túnel verde na cidade (a previsão inicial é o corte de sessenta delas!):

    a) a consequente anulação da Praça do Japão e suas de Alamedas. Essas vias, nas quais foi permitido, há alguns anos, tráfego pesado que danifica seu calçamento, feito, há mais de 100 anos atrás, com pedras de granito, vem paulatinamente sendo asfaltada, contrariamente à vontade daqueles que buscam seu sossego e beleza, e
    b) que possui estacionamento permitido em todo o seu limite, pondo a segurança das crianças, escolas e adultos que lá tentam passar momentos agradáveis no último lugar entre suas prioridades, numa região que merece ser tombada como reserva cultural da cidade, pois possui microclima próprio e se trata de um presente ofertado pelo
    Japão à cidade,  se constituindo num oásis de tranquilidade em meio à movimentada Perimetral. Entretanto, tais pontos são desconhecidos pelos dirigentes que são eleitos, a cada quatro anos, para buscar e representar as aspirações dos seus cidadãos. Seus interesses, contudo, são outros e totalmente descolados das manifestações daqueles que residem nesses locais.

    Deparamos, assim, com uma PMPA que dá mais valor a obras que certamente serão inauguradas com discursos, pompa e circunstância,mesmo que em detrimento da vida dos moradores, os quais, através de seus impostos, pagam a conta desses passos equivocados. Deparamos com uma administração municipal cega e surda aos apelos de seus cidadãos, a quem deveria ser dado o direito de decidir, já que são eles que se responsabilizam pelo custo dessa obra que não atinge a nenhum de seus escopos, além da pena de ter de vivenciar e driblar esse equívoco diariamente.

    Constatamos profundo sentimento de frustração com pessoas que, guindadas a cargos públicos, após campanhas em que prometem valorizar os cidadãos, mostram, a quem quiser ver, que aqui, nesta cidade, está
    implantada política que busca outros objetivos, alheios aos que têm a população como alvo.
    É lamentável deparar com ouvidos moucos a abaixo-assinados; apreleções que sofrem acalorados debates com funcionários da PMPA, demonstrando que passou o tempo em que os cidadãos aturavam passivamente o que era decidido pelo poder municipal, ainda que sempre tenham se responsabilizado pelo pagamento das respectivas faturas; 
    Aos dirigentes públicos tão ocupados com a liturgia dos cargos que ocupam, ou que aspiram integrar, que ficam também cegos e não constatam a incongruência de decisões tomadas dentro de gabinetes, que pretendem
    implantar de maneira ditatorial. 

    sexta-feira, 16 de março de 2012

    Oi pessoal! Precisamos da força de todos!!!!!
         Estamos lutando pela compreensão dos políticos para repensarem
     a obra da  ANITA GARIBALDI COM A CARLOS GOMES . Ela trará inúmeros dissabores para a população que lá mora, para os pedestres e
    motoristas.
        Amanhã no Piquenique na Praça Japão estaremos divulgando o nosso movimento, junte-se a nós em busca de um planejamento para a nossa cidade, afinal a cidade é de todos nós!